Contextos: Alunos/as

Unidade 3

Faixa 08

O Uirapuru
Há muito tempo um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do cacique. Por não poder estar ao lado da sua amada, o guerreiro pediu ao deus Tupã para transformá-lo num pássaro.


Faixa 09

O Uirapuru
Há muito tempo um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do cacique. Por não poder estar ao lado da sua amada, o guerreiro pediu ao deus Tupã para transformá-lo num pássaro. Dessa maneira, ele poderia estar sempre perto da amada. Tupã atendeu ao seu pedido e o jovem virou um passarinho vermelho e amarelo, com asas pretas, com um canto mais belo que o do sabiá. Daquele momento em diante, passou a cantar para a sua amada, sempre à noite. No entanto, ela não foi a única a notar o lindo canto. O cacique também percebeu aquele canto fascinante e ficou impressionado: ele precisava ter aquele pássaro. A intenção do cacique era aprisionar a ave para ouvir o seu mavioso canto o tempo todo. Assim, entrou pela floresta para persegui-la. Lá, viu muitas outras aves contra o azul do céu: tucanos, araras, sanhaços, arapongas. Encontrou outros animais da mata também: tropeçou num jabuti, enfrentou uma jiboia, deparou-se com um tamanduá, caiu sobre um tatu. Comeu muitas frutas: maracujá, caju, pitanga, açaí. Levou picadas de maruim e se coçou muito. Usando cipós, subiu nas árvores mais altas para tentar encontrar o pássaro do canto singular. Com a sua canoa, desceu os rios e foi a vários lugares. Ainda assim, nada. O pássaro continuou entrando na mata, com o cacique sempre a tentar capturá-lo. Apesar do seu zelo, o cacique não conseguiu alcançar a ave cobiçada e acabou se perdendo na selva. Sem a ameaça do cacique, o guerreiro transformado em pássaro voltou para onde vivia a sua amada e continuou cantando para ela todas as noites. Ficou conhecido como uirapuru, que significa “o pássaro que não é pássaro”.

Referência do roteiro do áudio: Fundação Joaquim Nabuco, http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar./ Data de acesso: 17/7/16.


Faixa 10

Numa tribo amazônica havia um casal muito bondoso que não tinha filhos. Um dia, eles pediram a Tupã para lhes dar uma criança. Tupã teve pena do casal e lhes trouxe um menino muito bonito. O tempo passou, o menino cresceu e se fez generoso como os pais e querido por todos na tribo. Jurupari, o invejoso deus do mal, quis matá-lo e, para isso, virou uma serpente. Certa vez, o menino foi à floresta para colher cupuaçu e murici. Foi quando Jurupari, transformado em sucuri, atacou o menino, que morreu sufocado. Sem saber do ocorrido, os pais do menino esperaram em vão pela sua volta, até que o sol se pôs e veio a noite. A lua começou a brilhar e iluminou toda a floresta. A tribo então tomou a decisão de procurar o menino. Ao encontrá-lo morto, todos ficaram muito tristes e se puseram a chorar. De repente começou uma tempestade, estourou um trovão fortíssimo e um raio caiu perto do corpo do menino. Imediatamente, o pajé interpretou a mensagem de Tupã: deviam enterrar ali os olhos do menino. Assim fizeram e naquele local nasceu uma nova planta com sementes pretas rodeadas por uma película branca, tal como um olho humano. Essa planta foi chamada guaraná, que significa “semelhante” ou “idem”.


Faixa 11

- “Este primeiro dia de Paraíba tem que ser consagrado ao caso da aranha.”
- “Cheguei contente na Paraíba com os amigos, José Américo de Almeida, Ademar Vidal, Silvino Olavo me abraçando.”
- “E de-fato a razão sossegou.”
- “Foi um passeio surpreendente na Lua-cheia.”
- “Era uma crilada gasosa dançando e cantando na praia.”
- “O ganzá era batido por um piazote que não teria 6 anos.”
- “Essa teria 8 anos certos mas era uma virtuose no ganzá.”
- “Meu cansaço adormeceu, organizado pela razão.”

Caracteres especiais

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Pretérito perfeito

Atividade 1

Complete a lenda de Iara com os verbos dados no pretérito perfeito.

afogar

aproximar

ficar

ir

transformar


Atividade 2

A lenda do Negrinho do Pastoreio é popular no sul do Brasil. Complete-a com os verbos dados no pretérito perfeito.

abandonar

castigar

ficar

mandar

pedir

sair

voltar

Direitos indígenas

Atividade 1

Leia o texto e responda às perguntas em um bloco de notas ou uma folha separada.

Conflitos e polêmicas: direito dos indígenas no Brasil
O direito indígena à terra foi garantido na constituição federal de 1988, reconhecendo que os índios foram os primeiros ocupantes do Brasil. Apesar de a Constituição ter determinado que até 1993 o governo deveria demarcar todas as terras indígenas, isso ainda não foi feito, o que resulta em ataques a muitos povos indígenas. Além disso, ainda tramitam na câmara várias medidas que desfavorecem os povos indígenas, como o Projeto de Lei 1610/1996, que trata da mineração em terras indígenas, e o Projeto de Emenda Constitucional 237/2013, que propõe oficializar atividades ilegais como o arrendamento de terras indígenas para produtores rurais,  prática proibida em terras de usufruto exclusivo dos indígenas.

Referência: “Lista de ataques ao direito indígena à terra”, https://bit.ly/2Q9V2TC.
Data de acesso: 18/12/2018.

  1. Qual é o papel do governo nas questões indígenas? Ele precisa ou deve intervir nas negociações entre índios e latifundiários, e propor leis e reformas?
  2. As terras indígenas deveriam ser utilizadas por outros povos, organizações do agronegócio e mineração? Explique.

Atividade 1: Respostas

  1. As respostas vão variar. As respostas devem mencionar o direito indígena à terra, garantido na Constituição brasileira de 1988, e a não demarcação das terras indígenas, que leva a ataques. As opiniões sobre o papel do governo e sobre leis e/ou reformas vão variar.
  2. As respostas vão variar, mas devem conter justificativas em relação à utilização (ou não) das terras indígenas por outros povos e/ou organizações.

Caracteres especiais

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Marcadores temporais

Atividade 1

Desembaralhe as letras para descobrir os marcadores temporais.


Atividade 2

Complete as frases usando os marcadores temporais dados.

antes

depois

em breve

finalmente

mais tarde

ontem

primeiro

Os sons [s] e [z]

Atividade 1

Busque na internet o poema “Ou isto ou aquilo”, de Cecília Meireles. Leia o poema, gravando a sua leitura em áudio e prestando atenção aos sons [s] e [z]. Em seguida, busque o áudio ou vídeo do poema na internet (ou peça a um/a falante nativo/a que o leia) e compare essa leitura com a sua gravação, verificando a sua pronúncia dos sons [s] e [z].

Caracteres especiais

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Atividade 2

Nos seguintes trechos, determine se a letra em negrito corresponde ao som [s] ou ao som [z].

Expressões: concordando e discordando

Você pode ouvir as expressões listadas na atividade 1 da seção Preparando-se para falar no seu livro.

(Eu) Acho que não.

(Eu) Acho que sim.

(Isso) É verdade, mas…

Absolutamente (não)!

Claro.

É mesmo!

É verdade.

Em hipótese alguma!

Estou de acordo.

Exatamente.

Isso não!

Isso nem sempre é verdade.

Isso!

Não sei não…

Que nada!

Se é!

Também acho.

Você tem razão.

Sobre discriminação racial

Atividade 1

Leia o texto sobre o Disque Racismo e responda às perguntas em um bloco de notas ou uma folha separada. (Data de acesso: 21/4/2019)

  1. O que é o Disque Racismo?
  2. Quando e onde ele foi lançado?
  3. O que aconteceu no primeiro dia de funcionamento do Disque Racismo?
  4. Que tipos de serviços estão disponíveis para vítimas?
  5. O seu país de origem tem um serviço semelhante? Se sim, como funciona? Se não, você acha que deveria haver tal serviço? Explique a sua resposta.

Atividade 1: Respostas

  1. O Disque Racismo é um serviço de proteção a populações minoritárias (negra, indígena, quilombola, cigana e ribeirinha) e de zelo e manutenção das religiões de matrizes africanas.
  2. O Disque Racismo foi lançado a 20 de março de 2013 no Distrito Federal (Brasília).
  3. No primeiro dia de funcionamento, o Disque Racismo recebeu 124 ligações de denúncias.
  4. Orientações sobre registro de boletim de ocorrência e assistências jurídica e psicológica.
  5. As respostas vão variar, mas devem incluir uma explicação sobre o serviço semelhante, se existir, ou sobre a opinião dada.

Atividade 2

Leia o texto sobre a Década Internacional dos Afrodescendentes e responda às perguntas em um bloco de notas ou uma folha separada. (Data de acesso: 21/4/2019)

  1. Segundo Mahamane Cisse-Gouro, o que é necessário para combater a discriminação racial?
  2. Para Cida Abreu, qual é a importância das políticas públicas para a igualdade racial?
  3. Jorge Chediek afirma que, apesar de os indicadores sociais no Brasil terem progredido mais para a população negra do que para a população em geral, muitas desigualdades ainda persistem. Por quê?
  4. O que Jorge Chediek espera para o fim da Década Internacional dos Afrodescendentes?
  5. Na sua opinião, qual é a importância da Década Internacional dos Afrodescendentes? Deveria haver outras “décadas internacionais”? Explique a sua resposta.

Atividade 2: Respostas

  1. Segundo Mahamane Cisse-Gouro, é preciso empenho e persistência para combater a discriminação racial.
  2. Para Cida Abreu, as políticas públicas são importantes para se tornar a sociedade mais justa e inclusive para os afrodescendentes.
  3. Porque a base era muito ruim. Assim, mesmo tendo havido progresso, ainda há muitas desigualdades.
  4. Para o fim da Década Internacional dos Afrodescendentes, Jorge Chediek espera que as mulheres negras tenham a mesma remuneração que as brancas, que os jovens negros não sejam mais vitimizados pela sua raça, que o setor público abra as suas portas a negros e negras, e que eles ocupem mais cargos de responsabilidade.
  5. As respostas vão variar, mas devem incluir uma explicação para a opinião dada.