Contextos: Alunos/as

Unidade 4

Faixa 12

(Florência)- Ainda despido, Ambrósio?

(Ambrósio)- É cedo. São nove horas e o ofício de Ramos principia às dez e meia.

(Florência)- É preciso ir mais cedo para tomarmos lugar.

(Ambrósio)- Para tudo há tempo. Ora, dize-me, minha bela Florência...

(Florência)- O que, meu Ambrosinho?

(Ambrósio)- O que pensa tua filha do nosso projeto?

(Florência)- O que pensa não sei eu, nem disso se me dá; quero eu - e basta. E é seu dever obedecer.

(Ambrósio)- Assim é; estimo que tenhas caráter enérgico.

(Florência)- Energia tenho eu.

(Ambrósio)- E atrativos, feiticeira...

(Florência)- Ai, amorzinho! (à parte) Que marido!

(Ambrósio)- Escuta-me, Florência, e dá-me atenção. Crê que ponho todo o meu pensamento em fazer-te feliz...

(Florência)- Toda eu sou atenção.

(Ambrósio)- Dois filhos te ficaram do teu primeiro matrimônio. Teu marido foi um digno homem e de muito juízo; deixou-te herdeira de avultado cabedal. Grande mérito é esse...

(Florência)- Pobre homem!

(Ambrósio)- Quando eu te vi pela primeira vez não sabia que eras viúva rica. (à parte) Se o sabia! (Alto.) Amei-te por simpatia.

(Florência)- Sei disso, vidinha.

(Ambrósio)- E não foi o interesse que obrigou-me a casar contigo.

(Florência)- Foi o amor que nos uniu.

(Ambrósio)- Foi, foi, mas agora que me acho casado contigo, é de meu dever zelar essa fortuna que sempre desprezei.

(Florência)- (à parte) Que marido!

(Ambrósio)- (à parte) Que tola! […]


Faixa 13

a
(Ambrósio) É cedo. São nove horas e o ofício de Ramos principia às dez e meia.

b
(Ambrósio)  Para tudo há tempo. Ora, dize-me, minha bela Florência...

(Florência) O que, meu Ambrosinho?

(Ambrósio)   O que pensa tua filha do nosso projeto?

c
(Ambrósio) Escuta-me, Florência, e dá-me atenção. Crê que ponho todo o meu pensamento em fazer-te feliz...

(Florência) Toda eu sou atenção.

d
(Ambrósio) E não foi o interesse que obrigou-me a casar contigo.

(Florência) Foi o amor que nos uniu.

e
(Ambrósio) Que tola!


Faixa 14

a
Os azulejos são parte essencial da cultura portuguesa e vêm sendo usados por artistas portugueses desde o século XV. No começo, foram usados para decorar grandes paredes interiores, tendo passado mais tarde também ao exterior das edificações. Hoje os azulejos portugueses são exportados para várias partes do mundo, incluindo a África e as Américas.

b
O famoso fotógrafo Sebastião Salgado dedicou a sua carreira a questões sociais. Através da fotografia, documentou a luta e os esforços de populações desfavorecidas no mundo todo. As suas fotos, geralmente em preto e branco, causam forte impressão. Depois de correr mundo registrando a condição humana, regressou a Minas Gerais para cuidar da fazenda que herdou. Nesse processo, gerou empregos para muitos da região.


Faixa 15

(Mulher)Você já leu o “Ensaio sobre a cegueira”?

(Homem)É do Saramago, né? Não, ainda não li, não. Você leu?

(Mulher)Acabei de ler ontem. É ótimo, ‘cê tem que ler.

(Homem)Eu li “A jangada de pedra” e fiquei… foi um pouco difícil no começo. O estilo do Saramago era novo pra mim, a pontuação me confundia um pouco. Mas depois eu me acostumei. Eu… Ele tem um estilo oral, né?

(Mulher)É, assim, bem natural, né, como se fosse as pessoas falando. Eu achei interessante. Agora, a história do “Ensaio sobre a cegueira” é difícil, dá um pouco de aflição. Mas eu acho que era justamente essa a intenção dele. Pra mim o leitor tinha que sofrer porque os personagens sofreram muito.

(Homem)Eu sei que tem um filme, mas eu nunca vi.

(Mulher)É, eu também não vi o filme ainda, queria ler o livro antes.

(Homem)A história é sobre o quê?

(Mulher)É sobre uma epidemia de cegueira inexplicável. Logo no início do livro o Saramago relata a experiência do primeiro cego, a gente quase sente como é ser cego. Impressionante.

(Homem)E o que que acontece na história?

(Mulher)Começa com um homem que fica cego de repente, aí todo mundo que tem contato com ele vai ficando cego. O médico também fica cego. As pessoas vão ficando cegas e aí o governo resolve colocar todo mundo num antigo hospício pra tentar isolar a epidemia. Só que a mulher do médico ainda enxerga, mas diz que tá cega também pra poder acompanhar o marido. Bom, os cegos acabam formando os grupos… ééé… então tem muita coisa que acontece, né? Tem coisa horrível, muito triste mesmo. A mulher que vê é a única que sabe tudo. Eu acho que o Saramago fez isso pra poder descrever as coisas. Tem uma personagem que ainda vê. Assim a gente sabe tudo que ela vê. Mas ela sofre muito. Tem uma cena perto do final em que o grupo dela tem uma dor de barriga e se alivia num quintal e ela chora porque vê todo mundo daquele jeito.

(Homem)Mas eles ficam curados?

(Mulher)Ah, não vou te contar o final! ‘Cê tem que ler o livro!

(Homem)Tá certo, vou ler.

Material adicional

Programa de entrevistas “Revista do Cinema Brasileiro”
www.tvbrasil.ebc.com.br/revistadocinemabrasileiro
Data de acesso: 9/2/2019

Fundação Arte e Cultura (Angola)
www.fundacao.co.ao
Data de acesso: 9/2/2019

Instituto Cultural (Macau)
www.icm.gov.mo/academics/pt
Data de acesso: 9/2/2019

Caracteres especiais

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Outros teatrólogos

Atividade 1


Atividade 2

Complete a biografia de Gil Vicente usando as palavras dadas.

autos

costumes

dramaturgo

personagens

Renascimento

sátira


Atividade 3

Desembaralhe as palavras e nomes próprios.


Atividade 4

Complete a biografia de um teatrólogo brasileiro usando as palavras dadas.

Arena

ativismo

Centro

ensaísta

exilado

faleceu

Nobel

Oprimido

regressou

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Pretérito imperfeito

Atividade 1


Atividade 2

Complete o parágrafo usando o pretérito imperfeito dos verbos dados.

ficar

ir

poder

preferir

ter

Caracteres especiais

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Conectivos

Atividade 1


Atividade 2

Atividade 2 Respostas

As artes cênicas desempenham um papel de destaque nas culturas lusófonas. Além de serem importantes historicamente, as artes cênicas têm um alcance amplo. Desse modo, é possível chegar a comunidades que não têm acesso fácil a outros tipos de manifestações artísticas. Apesar de o cinema ser popular, muitas localidades não dispõem de salas de projeção. O teatro ainda é, portanto, uma maneira eficaz de se alcançar a população em geral. Da mesma maneira, os circos ainda constituem um tipo de arte acessível a muitos.

Formalidade e informalidade: mais informações

(In)formalidade em língua falada

A língua falada pode demonstrar marcas de formalidade ou de informalidade. Quando conversamos de maneira relaxada com amigos e familiares, costumamos usar recursos como:

  • formas abreviadas (p. ex., “tá” em vez de “está”);
  • hesitações (p. ex., “é...”);
  • gírias (“o cara”, “tá de boa” etc.);
  • frases “quebradas” (em que é difícil identificar o começo e o fim de uma frase);
  • marcadores discursivos (“né?”, “assim”, “tá?” etc.).

Por outro lado, os gêneros orais formais (como entrevistas, reuniões de trabalho, palestras, discursos, apresentações, aulas etc.) são marcados por:

  • formas não abreviadas;
  • conectivos (“além disso”, “no entanto” etc.);
  • períodos compostos com começo e final demarcados;
  • vocabulário diversificado.

Atividade 1

Determine se os exemplos são formais ou informais.